flora reversa (2026)

Durante alguns dias do verão de 2022, coloquei o tripé com a câmera virada para uma planta em minha casa, com a intenção de fotografar o desenrolar de uma folha nova. Em cada imagem, a folha se abria um pouco mais. O livro nasceu dessa série, fruto de um exercício sobre as possibilidades da fotografia, neste caso a fragmentação da passagem do tempo.

flora reversa é um livro com 84 imagens do meu arquivo de negativos produzidos ao longo dos últimos anos em diferentes lugares. Ele faz referência a essa qualidade da fotografia de permitir olhar para o passado e reorganizar o tempo de maneira arbitrária, criando novos significados na sequência das páginas. Como escreveu Hubert Damisch, “o que conta não é tanto o que uma obra representa ou manifesta, mas aquilo que ela transforma.”

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During several days in the summer of 2022, I set up a tripod with the camera pointed at a plant in my home, with the intention of photographing the unfolding of a new leaf. In each image, the leaf opened a little more. The book emerged from this series, the result of an exercise in the possibilities of photography, in this case the fragmentation of time.

flora reversa is a book of 84 images from my archive of negatives, produced over the past few years in different places. It refers to this quality of photography that allows us to look into the past and to reorganize time in an arbitrary way, creating new meanings through the sequence of pages. As Hubert Damisch wrote, “what counts is less what a work represents or manifests as what it transforms."

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Pendant quelques jours de l’été 2022, j’ai placé un trépied avec la caméra dirigée vers une plante chez moi, pour photographier une nouvelle feuille en train de se dérouler. À chaque image, la feuille s’ouvrait un peu plus. Le livre est né de cette série, fruit d’un exercice sur les possibilités de la photographie, ici la fragmentation du temps.

flora reversa est un livre de 84 images issues de mon archive de négatifs, réalisées ces dernières années, dans divers lieux. Le livre fait référence à cette qualité propre à la photographie qui permet de regarder vers le passé et de réorganiser le temps de manière arbitraire, créant de nouveaux sens à travers la séquence des pages. Comme l’a écrit Hubert Damisch, « ce qui compte, ce n’est pas tant ce qu’une œuvre représente ou manifeste mais ce qu’elle transforme ».

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